terça-feira, 24 de abril de 2012

Oficineiro das Artes para o Mundo



Sou Marcos Costa, tenho 29 anos, Bacharel em Artes Visuais, Cenógrafo, Grafiteiro e Arte-educador. Cursei em 2002, o pré-vestibular Oficina de Cidadania e para mim foi como um portal da informação e cidadania que se abriu. Conheci outras pessoas que travavam diariamente lutas para viver com dignidade e que lutavam bastante para atingir seus objetivos e metas de vida.

Trabalho diretamente com projetos sociais, presto consultoria para importantes instituições e a cada novo desafio lembro sempre do período do cursinho. Naquela época, apostei todos os meus esforços em caminho difícil, porém com muitas conquistas entre elas a autoestima, esperança e conhecimento, a maior delas.
Sou afrodescendente, natural do Recôncavo baiano e hoje profissional das artes plásticas. O Oficina de Cidadania foi feito para mim: Um cidadão em uma maioria da população excluída, busquei o melhor nos estudos, conquistei oportunidade e me fiz vencedor. O Oficina de cidadania faz parte da minha história. O Oficina me preparou não somente para o vestibular, me formou para a vida. Estudei no Oficina de cidadania, fiz amizades, adquiri conhecimentos, acreditei no meu potencial e descobri que estudar em escola pública não foi algo que me deixou de fora das competições. Ingressei em uma das melhores Universidades brasileiras, e levo o nome da UFBA e Oficina de Cidadania onde eu for.

À Oficina de Cidadania, muito Obrigado.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Depoimento de um Oficineiro de Matemática



Me chamo Gledson Paiva Queiroz. Tenho 26 anos, sou Licenciado em Matemática, mestrando em Matemática pela Universidade Federal da Bahia - UFBA. Encontrei a ONG Oficina de Cidadania em 2004, sendo aluno em 2005 e colaborador monitor em 2006 e 2007. Este momento se tornou um marco em minha vida, pois a ONG me possibilitou ter uma visão mais reflexiva acerca dos conflitos e problemas sociais que atingem em sua maioria a população negra e afrodescendente entre as quais  a inscrição destes nas Universidades públicas. 

Durante esse período em que fiquei próximo da ONG fui amadurecendo o conceito de Ações Afirmativas, de Cidadania, na qual foi protagonizado por professores que defenderam esta causa estão reunidos para seguir com seus ideais, passando tanto conhecimento teórico quanto os que efetivamente modificam a vida do homem como ser livre.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Depoimento de uma Oficineira.

Meu nome é Taecia Rubia, sou Assistente Social, formanda da turma de Serviço Social 2010.2 da Universidade Católica do Salvador, Educanda do Oficina em 2005 e 2006. 


O Oficina entra em minha vida por acaso, um convite de um dos coordenadores para fazer parte da turma já no segundo semestre. Fiquei muito deslumbrada com o fato de fazer um cursinho pré-vestibular , mas quando chego encontro algo diferente de tudo que imaginava  ser um cursinho pré-vestibular: ( adolescentes, jovens desocupadas (os) e que só estudavam...) lá encontro pessoas com expressões cansadas do dia e de suas longas jornadas diária e que estavam ali buscando uma oportunidade que em outros momentos lhe fora negada. 

Ir para o Oficina literalmente mudou minha vida, hoje meus melhores amigos são ex-oficineiros, e com eles eu descobri que algo que para nós, pessoas oriundas da periferia, de escolas publicas e negras era algo além da imaginação e  das reais possibilidades. No oficina, descobrimos que  era possível - iria ser difícil pois teríamos que estudar em todo nosso pouco tempo livre, nos sábados, domingos e feriados - mas no final teríamos o resultado  alcançado A FORMAÇÂO PROFISSIONAL e A CONSCIENCIA CIDADÃ! 

O Pre-vestibular do Oficina de Cidadania é mais que um cursinho: É uma família, que busca oferecer aos seus membros a educação formal com conteúdos programados e as diversas formas educativas, buscando plantar uma semente na vida de cada um de seus membros e mostrá-los que tem um valor na sociedade a qual faz parte. Foi lá que amadureci e que até mesmo fiz pequenas grandes descobertas, como o fato de saber que eu sou Preta e meu Cabelo é Crespo, mas não é duro, rsrsrsr. 

Para resumir, pois, tenho tanto a falar do oficina, só tenho a agradecer a esta oportunidade e desejar e lutar para que um dia todas as pessoas tenham o modelo do oficina como regra e não exceção e saber que enquanto  existir mais pessoas como eu a anos atrais esteja como eu agora, colhendo os frutos do nosso esforço, pois, um oficineiro  não anda só, sempre tem um companheiro ao lado. 
Hoje em quanto profissional atuo como Assistente Social de uma escola filantrópica onde atendemos 137 educandas (os) no ensino fundamental I totalmente bolsistas, buscando oferecer educação de qualidade e diferenciada  da que teriam se tivessem em escolas  municipais, reconheço nestas crianças furos oficineiro.


Obrigada oficina por mudar minha vida e fazer de mim a mulher e profissional que sou. 

Att.

Taécia Rúbia

Deixe seu depoimento também, mostre o que para você é ser OFICINEIRO! 

sábado, 14 de abril de 2012

Cidadania e Participação Social

Por Anderson Venicio
"Eu preciso participar das decisões que interferem na minha vida. Um cidadão com um sentimento ético forte econsciência da cidadania não deixa passar nada, não abre mão desse poder de participação. (Herbert de Souza, o Betinho)
Essa é um das afirmações que mais sintetizam, no cenário atual, o sentido de cidadania. Em especial para a atenção das desigualdades presentes no nosso país, sem PARTICIPAÇÃO, sem mobilização e organização dos agentes civis, não há sequer protótipo de cidadania. Com um imperativo sem rodeios, esta frase do Betinho demonstra que não há opção, não há escolha, ou PARTICIPAMOS ou não há cidadania em qualquer esfera. Se tomarmos análise que, nos últimos anos, a consciência de participação nos caminhos do país foi impregnada por uma ojeriza da população pela função política, poderíamos pensar que não há mais perspectivas de cidadania plena no nosso país.
A arte política para a nossa população é um lócus para falcatruas e malversações para o dinheiro arrecadado pelo governo (com os altos impostos) e isto entra em conflito com o desejo de mudanças verdadeiras, principalmente pelos jovens. Os escândalos sucessivos veiculados na grande mídia alimentam esta ideia gerando assim um grande ceticismo e o afastamento dos cidadãos da esfera política, comprometendo atitudes favoráveis à participação democrática. Além desta “crise política”, a desigualdade econômico-social vivida por uma imensa população tem contribuído para este senso de não cidadania. Apesar do reconhecido crescimento econômico – e social - do país e que gerou um ganho maior de renda para essa população mais excluída, a miséria ainda é uma realidade para muitas pessoas e nesta carência é muito difícil pensar na política como solução.
Essa não participação também tem raízes históricas. Diferentemente de outras realidades, como nos Estados Unidos, a guisa de exemplo, a constituição do Estado brasileiro foi orientada para a manutenção de relações que beneficiaram as elites políticas e econômicas. Em vez de lutas contra privilégios que instaurassem direitos amplos, tivemos arranjos políticos que preservaram privilégios para poucos. Mesmo com exemplos como as Revoltas quilombolas, os movimentos históricos de libertação social no Brasil; todos sendo violentamente reprimidos pelo Estado opressor; além dos mais recentes movimentos das Diretas Já, e os Caras-Pintadas; fica parecendo que a mobilização da sociedade civil não é um traço cultural brasileiro. Mas esta afirmação não pode se configurar como verdade.
É nesse ínterim que o IMPERATIVO afirmado por Betinho assume grande necessidade para todos nós. A Participação é necessária. E não essa “participação virtual”, realizada nas “redes sociais” como alguns querem potencializar e achar que esse “compartilhamento” de dados é a real mobilização e participação política. Participar caracteriza-se por ações coletivas ou individuais, de apoio ou de pressão, e a organização sistemática e efetiva que são direcionadas a selecionar governos e/ou a influenciar as decisões tomadas por eles. Participar é mover a sociedade para a reflexão, mas também para a AÇÃO de mudança, para resultados para a coletividade. Participar é o DEVER de exercer direitos políticos e sociais garantidos pela Constituição.
*Anderson Venicio Santos, é Pedagogo e Professor de Lingua Portuguesa, e de cursos sobre Cidadania e Diversidade.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

A OFICINA DE CIDADANIA está no FACEBOOK.

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Curso Pré-vestibular Gratuito realiza inscrições até 5 de maio.

A ONG Educacional Oficina de Cidadania, em parceria com a Consultec e a Universidade Federal da Bahia, abre as inscrições para processo seletivo da sua 13ª turma do Curso Pré-vestibular gratuito até 5 de maio de 2012.

Para participar do Processo Seletivo é necessário que o candidato tenha cursado da 5ª série do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio em escola da rede pública. Alunos que estão cursando o 3º ano também podem concorrer.

A exemplo da edição 2011, serão oferecidas 150 vagas, sendo 40% delas para candidatos com mais de 35 anos de idade. Os candidatos com idade inferior a 35 anos concorrerão aos 60% das vagas disponibilizadas.

“A oferta de 40% de vagas para a população com mais de 35 anos, ampliará as oportunidades para um público que está em busca de qualificação, mas que, em sua maioria, necessitou interromper os seus estudos para adentrar no mercado de trabalho ainda na juventude.” afirma Anderson Venício, professor voluntário e ex-aluno do projeto.

Para concorrer ao Processo Seletivo, o candidato deve acessar o endereço www.consultec.com.br, preencher o Formulário de Inscrição e realizar o pagamento de uma taxa de adesão ao projeto.

A seleção será realizada em 27 de maio, domingo. Serão aplicadas provas contendo questões objetivas de Língua Portuguesa, Conhecimentos Matemáticos e Conhecimentos Contemporâneos.

Em 2012, a taxa de adesão será de R$ 35,00, paga através de boleto bancário impresso via internet, após o preenchimento do Requerimento de Inscrição.

Cooperação coletiva

Os candidatos que efetuarem suas inscrições, realizando o pagamento de R$ 35,00, independente de estarem concorrendo as 150 vagas do curso, já estarão contribuindo com a manutenção do projeto educacional, pois toda a renda será revertida para o custeio do curso durante o ano. “Essa é uma das maiores forças desse projeto, pois sabermos que a contribuição financeira coletiva viabilizará o aprimoramento da formação de uma parcela de pessoas que não possue recursos para realizar um curso pré-vestibular pago. Dessa forma, acabamos por criar uma semente de experiência em crowdfunding para o projeto”. encerra Vennicio.

Os aprovados vão cursar o Pré‐Vestibular Oficina de Cidadania, no turno noturno, com aulas ministradas no Instituto de Geociências da UFBA, de acordo com a metodologia do Curso e sob a responsabilidade dos professores voluntários da ONG.